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31 de dezembro de 2011

AMANHÃ...

... entra em vigor o chamado "Acordo Ortográfico", mas só a 3, porque falta a ratificação dos outros 5 países "portugalófonos" (lusófonos?).
Um dos princípios que estão escritos é: QUANDO AS NOSSAS CONSOANTES (QUER DIZER, NO PORTUGUÊS DITO "PORTUGUÊS DE PORTUGAL") SÃO MUDAS - CAEM; QUANDO SÃO PRONUNCIADAS POR NÓS (PORTUGUESES) - PERMANECEM.

AVISO:
Enquanto não me OBRIGAREM não vou adoPtar o Acordo.

Um óPtimo Ano Novo para todos.

28 de dezembro de 2011

POEMA PROSAICO EM JEITO DE AMEAÇA

A nós, cá no sul
resta-nos o sol.

Frialdades e neblinas
inverno quase todo o ano
águas geladas
depressões e suicídios
é nas terras do norte.

Por favor
deixem-nos, pelo menos, o sol,
o sol do sul.
Está bem?

Se não,
vamos suicidar... alguém.

25 de dezembro de 2011

PORQUE É QUE...

-... Jesus foi(é) filho único (do mesmo Pai)?

-... Deus tem a sorte de não ter vizinhos?

-... o mar não tem sossego?

-... o que parece nem sempre é?

-... ninguém é de ninguém?

22 de dezembro de 2011

EURO?

Eu euro
Tu euras
Ele eura
Nós euramos
Vós eurais
Eles... ouram, libram, coroam e exportam.

19 de dezembro de 2011

CONTO de... NATAL

Tarde a anoitecer, em período de campanha de Natal.
Ao mesmo tempo que vestia o sobretudo, acercou-se da porta entreaberta:
- Então, Boas Festas e Feliz Natal.
- O quê?! Já vai embora?!
- Agora, só no dia 2 de Janeiro.
- Como foi que conseguiu isso do chefe?
- Olha, querida: problemas com os velhotes, que estão lá para cima.
- Então, Boas Festas, também, sr. Gonçalves.

Saiu. Neste ano não brilhavam, na rua, tão intensamente as lantejoulas eléctricas como nos anteriores Natais da cidade grande. Caminhou pela rua, sobrecenho franzido, preocupado, com o rosto a ser atingido, alternadamente, pelas poucas luzes de várias cores, o que lhe conferia um aspecto carnavalesco, patético. Entrou numa rua secundária, onde parqueara o carro. Havia mais serenidade e menos luz. Aqui, o pequeno comércio, que ainda não fechou portas, sobrevive com mais dificuldade e não tem proventos para mandar instalar arcos iluminados ou transfigurar as árvores com flostrias eléctricas que "aquecem" corações, procurando fazer subir o volume das vendas.
Aproximou-se do carro e, ainda longe, pressionou o botão da chave para abrir as portas. As súbitas luzes do automóvel, brilhando em pisca-pisca, assustaram um vulto no vão da escada de um prédio próximo, que serenou ao ver que era um homem que se encaminhava para o seu carro. Enquanto apertava o cinto de segurança, o homem olhou pelo retrovisor e viu que era uma mulher de meia idade, vestida com um casacão escuro e velho e com um gorro de lã na cabeça. Estava a esquadrinhar o interior de um contentor de lixo, que já transbordava.
O homem continuou a observar pelo espelho. Agora, a mulher procurava ansiosamente, com ambas as mãos, quase fazendo cair o caixote.
Procurou uma moeda nos bolsos do casaco. Hesitou. Puxou a carteira do bolso interior e retirou uma nota de cinco euros. Hesitou entre a moeda e a nota. Decidiu pela moeda. Abriu a porta do carro. Quando colocava o pé esquerdo no chão, verificou que a mulher vertera totalmente o conteúdo do contentor de lixo nos degraus da entrada do prédio e, agora, esgaravatava, espalhando o lixo em volta. Aproximou-se. Ela olhou-o receosa, levantou-se e fez menção de fugir. O homem estendeu para ela a mão direita, segurando a moeda entre o indicador e o polegar. Ela ficou hirta, olhando-o nos olhos. Ele levantou mais a mão estendida, colocando-a à altura do peito dela. Ela olhou a mão, olhou o rosto do homem, pegou na moeda e meteu-a num bolso. Nada disse e ficou a olhar o chão.
Enquanto regressava ao carro, olhou o lixo espalhado nas escadas. Ao apertar o cinto de segurança olhou pelo retrovisor, certo de que a mulher teria ido embora. Não, continuava a revolver o lixo, ansiosamente.
Pôs o motor em marcha, continuando a observá-la, com estranheza. Num repente, ela levantou-se segurando e limpando uma pequena caixa de cartão azul, onde se viam impressas as estrelas douradas da União Europeia. Então, a correr, a mulher desapareceu por detrás da esquina do prédio.
O homem ficou absorto, mãos fixas no volante, com o carro a deslizar suavemente pela rua. Acordou assustado com o som da buzina de um carro atrás. Antes de acelerar, olhou pelo retrovisor. Era um carro grande, potente, talvez de marca alemã.

17 de dezembro de 2011

"ESPÍRITO de NATAL"

O seu "Espírito de Natal" foi-lhe transmitido:

- Pelo menino Jesus, o tal que nasceu numa manjedoura por falta de alojamento disponível e condigno e que, em adulto, foi cucificado OU

- Pelo Pai Natal, também chamado Papai Noel, Santa (Klaus), aquele velhote simpático e barbudo, que foi importado das terras frias e nevadas do norte da Europa OU

- Pelo ambiente delirante da 5ª. Avenida, em Manhatan, com muita luz nas ruas e muitas luzes nas montras, num fim de tarde de 6ª. F. em meados de Dezembro??

14 de dezembro de 2011

PATRIMÓNIO TRANS-NACIONAL III

"(...)
Eu cá pra mim
não há, ai não, maior prazer do que o selim e a mulher.
Rédeas na mão, sorrir, amar, trotar, esquecer
e digam lá se isto é descer.
(...)"

(Extracto da letra do "Fado Marialva")

PATRIMÓNIO TRANS-NACIONAL II

(...)
afinal, desventurada,quem és tu,
Rosa enjeitada?
Uma mulher que sofreu."

(Extracto da letra do Fado "Rosa Enjeitada)

PATRIMÓNIO TRANS-NACIONAL I

"(...)
Mas olha meu amor, eu não me importa
antes que fosses dela, eu já fui tua
podes sempre bater à minha porta
mas não passes com ela à minha rua."

(Extracto da letra do Fado "Não passes com ela à minha rua")

5 de dezembro de 2011

1 de dezembro de 2011

ADIVINHAÇÕES

1ª. - Quem terá escrito e publicado o texto que segue?

“ (…)
É profundamente errado que se crie na opinião pública o sentimento de que os reformados recebem as suas pensões a título de generosidade por parte da sociedade.
Como se as pensões lhes fossem atribuídas pelo Estado!
Como se vivessem à custa do Estado e dos impostos dos cidadãos!
O sistema de reformas resulta de quadros legais, ao abrigo dos quais os trabalhadores ao longo da vida contribuíram mensalmente, para um fundo, com mais de um quarto do seu ordenado – uma parcela paga por si próprio e outra paga pelo patrão que, naturalmente, lhes deduziu o ordenado nesse montante.
Assim, o sistema previdencial é fundamentalmente autofinanciado, tendo por base uma relação bilateral directa entre a obrigação legal de contribuir para o sistema e o direito às prestações.
Deste modo, só é aceitável alterar o regime contratualizado caso se prove que essa alteração é absolutamente imprescindível para a resolução dos problemas que enfrentamos.
O que não pode é ser alterado a título de simbolismo ou pretensa equidade porque isso é profundamente demagógico.
(…)”

2ª. - Quem terá afirmado nesta semana, na rádio, em directo, mais ou menos o seguinte:
“ Por exemplo: o Governo diz “Mata!” e logo os jovens parlamentares dizem “Esfola!” ?

RESPOSTAS

1ª. – Manuela Ferreira Leite, no caderno “Economia” do “Expresso” de 28 de Novembro p.p. – pág. 3.

2ª. – Bagão Félix, na RTP 1.

COMENTÁRIOS

Pode, por vezes, discordar-se das pessoas, MAS:

- Um efectivo social-democrata é social-democrata; não passa a ser social-democrata aquele que esteja inscrito num partido que se designe como tal.
- Um efectivo democrata-cristão é um democrata… cristão.
Assim:
- Assumam os liberais a sua qualidade de liberais (não se mascarem).
- Como na Beira se diz: “Não é por se chamar cavalo ao burro que o burro deixa de ser burro”.