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21 de dezembro de 2018

É NATAL...



Para aqueles que acreditam, Jesus surgiu, na condição de homem, no mundo dos homens.

Importante para os crentes, é que Jesus-Deus, nascido homem, trazia uma Missão: transmitir aos homens um novo entendimento do mundo, novas ideias, novas normas e comportamentos.
Esta Missão do Deus-Filho, feito homem, não é lembrada durante o Natal no espaço público, nos espaços do consumo, do exibicionismo.

Ensinou aos homens como devem entender-se entre si, relacionar-se uns com os outros nas sociedades humanas. Ensinou que cada homem é irmão de todo outro homem, que todos os homens são iguais porque filhos de Deus(Pai).

Foi, portanto, um revolucionário no seu tempo, bulindo com as ideias existentes, alterando a visão, o entendimento que os homens tinham de si próprios e dos outros seus semelhantes e da forma como deveriam relacionar-se dentro da sociedade humana.
Agora, os homens, mais preocupados com prendas, consumo e exibição, foram esquecendo a mensagem do Deus-Filho-homem.

Até mesmo o chamado "presépio", através do qual os homens entendem, todos os anos, fazer a representação das circunstâncias e do local onde o Cristo-Deus foi obrigado a nascer (como homem), não tem autenticidade. Para além dos estereótipos e das figuras espúrias presentes na representação desse local de último recurso, esses "presépios" nunca têm cheiro a estábulo.

18 de dezembro de 2018

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 6


Porque é que os condutores de trotinetas não são obrigados a usar capacete para sua protecção (pois as quedas são previsíveis)?

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 5



Porque é que os condutores de trotinetas não são obrigados a usar um colete de cor notória (verde, amarelo, laranja, rosa, vermelho) de modo a poderem ser vistos pelos outros condutores?

17 de dezembro de 2018

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 4



Como os utilizadores de trotinetas não contratam seguros de responsabilidade civil - ramo automóvel, de que modo podem os proprietários de viaturas automóveis ser ressarcidos pelos danos causados por uma trotineta na chapa das suas viaturas?

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 3


Segundo as regras aplicáveis à circulação nos espaços/vias públicos deverá o utilizador de uma trotineta ser considerado como conduzindo um veículo auto-móvel ou como um peão deslocando-se em cima de duas rodinhas?

16 de dezembro de 2018

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 2



Se um invisual (aquelas pessoas que são correntemente chamadas "ceguinhos"...) tropeçar numa das muitas trotinetas que ficam "inteligentemente" estacionadas pelos passeios da cidade de Lisboa em qualquer lugar, sem qualquer critério, encostadas ou próximo de qualquer parede e de qualquer maneira e a pessoa invisual, como consequência desse mesmo tropeção e queda, necessitar de tratamento hospitalar:
- Será responsável o/a indivíduo/a impossível de identificar (talvez identificável através das MUITAS impressões digitais existentes na trotineta) que a abandonou naquele lugar OU
- Será responsável o Município de Lisboa, proprietário e dispensador das ditas trotinetas para uso público?

PERGUNTAS (IM)PERTINENTES - 1



A Ordem dos Enfermeiros é uma associação de profissionais liberais OU será um sindicato (e, portanto, está a representar os profissionais que praticam actos de enfermagem trabalhando por conta de outrem)?

25 de outubro de 2018

NOBILITADOS



No antigamente da vida saíam da "vala comum" os cidadãos que eram nobilitados.
Mais recentemente, saem da dita vala (literariamente falando) os que são NOBELitados.

10 de agosto de 2018

ENCOMENDA POÉTICA



Pedi-te um ditirambo
que não falasse de ti
nem, tão-pouco, de mim
nem política ou futebol
mas (talvez) de um amigo.
Tu mordeste o anzol
versejaste em abundância
e o texto saiu assim:
partiste do Polo Norte,
regressaste a Portugal
e acabaste, afinal,
com vigor e redundância,
louvando o teu umbigo.

14 de julho de 2018

"COGITO ERGO SUM"


Cogito ergo sum.
Cogitar, pensar, matutar, é bastante para concluir que existimos?! Não, não é suficiente. Isso era no tempo de Descartes. Agora, para se poder concluir/provar que existimos, é necessário estar presente (assiduamente!) nas TV's e nas redes sociais, pois a realidade é:

"Quod non est in televisione non est in mundo"

5 de julho de 2018

PU-E-ZIA


Além dos direitos
dos animais
com dono ou sem dono,
que, além do mais,
não devem ser sujeitos
a mau trato e abandono,
há os animais dos direitos
que não têm dono.

PÔ-ET-SIE



ET MAINTENANT ?

Allors
que je t'adore
d'une façon tant guère,
allors
qu'est ce que tu vas me faire?

2 de julho de 2018

POW-A-TREE



I have said "I", not "i"
I, as you know, I'm always "I"
don't try,
(NEVER!)
force me to be "i".

______

I under-stand your viewpoint
your position
your decision
BUT...
flying as a falcon, not as a dove
in spite of under-standing
I will be ALWAYS flying over and above.

4 de junho de 2018

JÁ NÃO HÁ "PIRATAS"...



... na Praça dos Restauradores, em Lisboa.

MAS... há tuk-tuk's e tur-istas. MUITOS !!

16 de abril de 2018

O SISTEMA


- Então?
- Não consigo.
- Não consegue?
- Não.
- Porquê?
- O sistema foi abaixo.
- O quê?!
- O sistema foi abaixo.
- Quem o deitou abaixo?
- Foi abaixo... sozinho.
- Sozinho?!
- Sim...Foi...
- Que frustração!
- Porquê?
- Tanta gente estragou a sua vida, perdeu a vida a lutar contra o sistema, morreu sem conseguir derrubar o sistema e, agora, vai abaixo sozinho... É uma frustração!

28 de março de 2018

O nosso dinheiro



É a banca aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta.
(...)
O rico não tem segura a sua fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor (...) e até o nosso dinheirinho nos cofres e nas caixas fortes não está (totalmente) seguro.

(Que o Padre António Vieira me perdoe!)

17 de março de 2018

SUB-VIVER



Sub-viver é, afinal, ir sobrevivendo.
Sub-viver é sobreviver no fundo dos fundos, na impossibilidade de acesso aos bens que garantem a dignidade da vida humana.

É ir vivendo, vivendo, a tentar afastar a realidade, na esperança de que as circunstâncias melhorem no momento seguinte ou em futuro próximo. Porque há (quase sempre) esperança. Esperança desesperada.

Quando a esperança escasseia ou desaparece e caso haja, ainda, forças, surgem as várias saídas: o suicídio, a resistência individual ou a luta colectiva (caso se trate de um grupo ligado por sentimentos de pertença ou de afinidade).

A luta acontece (quase) sempre que se agrava a sensação de se estar "cercado", procurando, por essa via, romper o "cerco", conseguir uma vida digna, meios e bens que garantam a dignidade e a sobrevivência da "comunidade", mesmo com o risco de se perder a própria vida.

A luta, nas mais diversas formas que se apresente (inclusive a guerra), é, afinal, uma forma de tentar sobreviver. Individual ou colectivamente.

5 de março de 2018

T E R



Ter não é suficiente. É-lhes necessário publicitar o que têm.
Essa publicitação, exibição daquilo que têm, parece ser a razão de ser de muita gente. Muito mais do que, simplesmente, terem.

Compram uma viatura automóvel. Mais do que a usarem, conduzirem, importante é mostrar que a têm. Os outros devem saber que a têm.
Assim, também, com uma nova casa, uma nova decoração da casa. Mas, nestes casos, não podem passear a nova casa ou a nova decoração da casa pela via pública. Solução: fazer um "road-show" de conhecidos e amigos (?), convidando-os para beber um copo lá em casa ou para jantar. Para que seja público e notório que têm.

Mas, atenção aos novos métodos. Os meios informáticos criaram instrumentos que vieram facilitar essa exibição: "facebook" e afins.

(Claro que só se exibirão a quem tenha a pachorra de andar envolvido nessas andanças).

21 de fevereiro de 2018

4 de fevereiro de 2018

PARÁBOLA DOS DEDOS DAS MÃOS




Estavam os dedos das mãos em conversa animada, quando o indicador da mão direita, a propósito de coisa nenhuma, se empinou todo, apontou o polegar da mão esquerda e, depois, fazendo um esforço de contorcionista, apontou, também, o polegar da sua própria mão, disse:
- Se não fossem estes dois, nós tínhamos uma vida muito mais sossegada. Por causa deles é que nós trabalhamos tanto.
- Ora essa! - foi a reacção imediata do polegar direito.
- Pois! Vocês, os polegares, sem nós não servem para nada. Nada! Ficavam sem ocupação. E sozinhos também não fazem coisa nenhuma. Mas como vocês estão aí, obrigam os outros a fazer esforços.
- Sem nós o que é que vocês faziam? - insistiu o polegar direito.
- Pouco. Mas era mais que suficiente. Era um descanso. Eu, por mim, limitava-me a apontar. Aqui o meu vizinho do lado direito fazia aquelas coisas que talvez não sejam bonitas, mas aliviam muito; o outro a seguir segurava os anéis e o pequenino coçava os ouvidos. Era um descanso de vida.
- Então e nós, os polegares, não servimos para nada?
- Sozinhos, para nada. Só sabem fazer oposição e obrigar os outros a trabalhar. É demais!

31 de janeiro de 2018

A "DITADURA" DOS CICLISTAS



Os ciclistas passaram a ter:
- pistas próprias e exclusivas para se deslocarem e
- ruas com prioridade e com limitação de velocidade para veículos automóveis que nelas (também) circulem.

São aplicadas coimas a quem não respeite as regras dessas vias.
______

Ora, se observarmos TODOS os movimentos ciclistas pela cidade, importa perguntar qual deverá ser a coima aplicada aos ciclistas que:
- circulem em passadeiras para peões (pedalando) ou que
- circulem nos passeios para peões (pedalando).

No caso de circulação ciclista em passeios para peões (pedalando), haverá agravamento da coima quando o ciclista circule a uma velocidade superior à aconselhada pelo bom senso, atendendo às crianças e aos idosos que utilizam esses passeios?

29 de janeiro de 2018

TRAGÉDIA COM LARANJA




A laranja (pensando): - Eu sou tão boa e ele não me quer comer.
Ele (pensando, também): - Que laranja tão boa. Tem que ser para sobremesa de um prato especial.

Era uma laranja grande, brilhante, túrgida, a cheirar intensamente a casca e a sumo.
Ele aguardava, aguardava o tal prato especial. E ia comendo outras laranjas.

A laranja, por raiva ou ciúme, como não podia partir por falta de meios de locomoção, decidiu suicidar-se ou, mais correctamente, apodrecer. E apodreceu.

(Não consta que ele tenha manifestado quaisquer sentimentos).

27 de janeiro de 2018

O TEMPO A ROUBAR TEMPO AO TEMPO



- Você sabe? Tem dias em que uma manhã ocupa o dia todo. Um homem enreda-se a fazer piqueninices, ocupa o tempo todo e chega o fim do dia e pergunta: O que é que eu fiz hoje?

- Pois. E no fim, é sempre "até amanhã, até amanhã". Quantos "até amanhã" a gente vai poder dizer mais, até nunca mais poder dizer "até amanhã"?

25 de janeiro de 2018

EXPORTAR, POIS!



- Ei boy, come on! Make love to me...
- No. You live here, in Portugal. Só faço amor para exportação.

23 de janeiro de 2018

DESPORTO (?)




Devemos agradecer aos treinadores de futebol o facto de, no final de cada jogo, nos explicarem o que se passou dentro de campo, porque se o não fizessem (apesar de termos visto todo o jogo) não entenderíamos absolutamente nada daquilo que vimos.

20 de janeiro de 2018

PARÁBOLA DA CASA DE BANHO



Ela tinha acabado de sair, mas as luzes iluminavam, ainda, a casa de banho. Ouviu-se o espelho falar:
- Vocês viram como a Senhora se mira e remira bem dentro de mim e se olha bem no meu interior, penteando-se, maquilhando-se, olhando o rosto tão cuidadosamente? Tudo, tudo através das profundezas do meu ser.

Logo que as luzes se apagaram e tudo se confundiu na escuridão, o sensor de abertura das luzes, com riso trocista, respondeu-lhe assim:
- E agora? Não seja eu a acender as luzes e as profundezas do teu ser e não passas de um vidro no escuro.
- E a luz do dia? Não há luz do dia?
- E à noite? O que seria de ti se eu não existisse?

Seguiu-se um pouco de silêncio. Depois, ouviu-se a voz da banheira:
- Mas sou eu e os meus associados que mantemos a Senhora perfumada, com cabelos brilhantes e sedosos.
- Pois, pois! Mas sou eu (eu!) que de entre todos vós, o que melhor lhe conhece as partes mais íntimas. (Pelo tom marialva, todos reconheceram o bidé).
Falou, então, o lençol de banho, com a inconfundível voz delico-doce:
- Ai! Não se esqueçam de mim, não se esqueçam de mim! Eu conheço-lhe o corpo todo... Todo.
________

Quando a noite ia já longa, começou a ouvir-se um choro baixo, tão baixo quanto de onde ele vinha. E uma voz chorosa, quase inaudível:
- Todos me pisam, todos me pisam.
Noite dentro, ia repetindo:
- Todos me pisam. Sou de mármore rosa, de Carrara e ninguém dá por mim. E todos me pisam.

A sanita, que ouvira tudo (como habitualmente), apesar de estar em condomínio privado, com porta própria, acompanhada dos seus nuitos adereços, já cansada de o ouvir, berrou-lhe:
- CALA-TE! CALA-TE! A MIM TODOS ME CAGAM EM CIMA!

17 de janeiro de 2018

14 de janeiro de 2018

13 de janeiro de 2018

ASSIM, COMO SE FOSSE UM REGRESSO



OBSERVAR é tentar ver o dentro das coisas. As falas, os gestos, a linguagem do corpo, as presenças, as ausências, os tiques, o que é dito ou omitido, os sentimentos ou a (aparente) falta deles.
É tentar ver o visível e o que o não é, o que está implícito, que não é manifestado ou é ocultado.

ESCREVER é muitas vezes mais uma forma de enxotar angústias e outros estados de espírito mais ou menos negativos. Falando deles, tentando esvaziá-los. Usando a primeira pessoa do singular ou escondendo-se atrás da terceira. Estar só sem o sentimento de estar. Parecer estar alheado do mundo ou de querer afastá-lo, não o rejeitando. (Mas OBSERVANDO sempre OBSERVANDO).
Escrever sobre outros como reflexo de muitos outros (ou de si próprio). É falar com o papel (ou com outro registo) ideias, sentimentos, situações, ausências, semelhanças, esperanças, desespero, ódios e amores, desejos, fobias. É registar aquilo tantas vezes sentido ou pensado. E OBSERVADO.
É transmitir, tentar transmitir tudo isso (e mais), embora correndo o risco de não se estar a fazer nada de novo: estar somente repetindo, repetindo aquilo que foi já, tantas vezes, escrito. Mas com palavras diferentes.