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28 de março de 2018

O nosso dinheiro



É a banca aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta.
(...)
O rico não tem segura a sua fazenda, o pobre não tem seguro o seu suor (...) e até o nosso dinheirinho nos cofres e nas caixas fortes não está (totalmente) seguro.

(Que o Padre António Vieira me perdoe!)

17 de março de 2018

SUB-VIVER



Sub-viver é, afinal, ir sobrevivendo.
Sub-viver é sobreviver no fundo dos fundos, na impossibilidade de acesso aos bens que garantem a dignidade da vida humana.

É ir vivendo, vivendo, a tentar afastar a realidade, na esperança de que as circunstâncias melhorem no momento seguinte ou em futuro próximo. Porque há (quase sempre) esperança. Esperança desesperada.

Quando a esperança escasseia ou desaparece e caso haja, ainda, forças, surgem as várias saídas: o suicídio, a resistência individual ou a luta colectiva (caso se trate de um grupo ligado por sentimentos de pertença ou de afinidade).

A luta acontece (quase) sempre que se agrava a sensação de se estar "cercado", procurando, por essa via, romper o "cerco", conseguir uma vida digna, meios e bens que garantam a dignidade e a sobrevivência da "comunidade", mesmo com o risco de se perder a própria vida.

A luta, nas mais diversas formas que se apresente (inclusive a guerra), é, afinal, uma forma de tentar sobreviver. Individual ou colectivamente.

5 de março de 2018

T E R



Ter não é suficiente. É-lhes necessário publicitar o que têm.
Essa publicitação, exibição daquilo que têm, parece ser a razão de ser de muita gente. Muito mais do que, simplesmente, terem.

Compram uma viatura automóvel. Mais do que a usarem, conduzirem, importante é mostrar que a têm. Os outros devem saber que a têm.
Assim, também, com uma nova casa, uma nova decoração da casa. Mas, nestes casos, não podem passear a nova casa ou a nova decoração da casa pela via pública. Solução: fazer um "road-show" de conhecidos e amigos (?), convidando-os para beber um copo lá em casa ou para jantar. Para que seja público e notório que têm.

Mas, atenção aos novos métodos. Os meios informáticos criaram instrumentos que vieram facilitar essa exibição: "facebook" e afins.

(Claro que só se exibirão a quem tenha a pachorra de andar envolvido nessas andanças).