Actualizando a parte final do poema "Trópico de Câncer", teremos que escrever:
" - DEUS ESTÁ COM COVID"
Histórias curtas, pequenos comentários, pequenos poemas - meios de libertar "pressão", que passa a ser... "EX-PRESSÃO".
Actualizando a parte final do poema "Trópico de Câncer", teremos que escrever:
" - DEUS ESTÁ COM COVID"
Há meios de comunicação social que dizem estarmos na 2ª. vaga COVID, mas outros mais clarividentes ou porque se consideram muito melhor informados ou mais entendedores da "coisa", dizem que "isto" é já a 3ª. vaga.
Será que estes iluminados que reduzem a análise de uma pandemia a "fatias" querem chegar depressa à 3ª. vaga para que, como na pneumónica, TUDO acabe depressa?
Ou quererão, simplesmente, mostrar que estão mais avançados que a concorrência na análise da situação?
Melhor será que se limitem exclusivamente a informar os leitores ou os ouvintes sobre factos e sobre cuidados e medidas a tomar para evitar um maior agravamento. E informem sem recurso a estereótipos, sem sensacionalismos e sem, cinicamente, torpedearem as autoridades de saúde e os poderes públicos que têm que gerir esta delicadíssima situação.
VAGAS, senhores, é que quase já não há nos hospitais!!!
Era uma vez uma senhora viúva que vivia só.
Esperava ansiosamente o Natal para, depois de tantos meses, poder estar com a filha e os netos. Sem correr riscos, claro. A filha disse-lhe que estariam na mesma mesa, além delas, somente os pais do marido e o marido. Na mesa grande da sala de jantar e bem espaçados. Os miúdos (os netos mais o primo que tinha os pais em África) estariam numa outra mesa colocada na salinha ao lado.
Na manhã de 24 de Dezembro telefonou-lhe a mulher-a-dias a comunicar que não podia ir porque se sentia "esquisita". Teria que tratar do bolo sozinha, sem a ajuda e o jeitinho que a Conceição tinha para essas coisas. Para complicar, ela também não se sentia muito bem; levantara-se da cama com dores nas articulações, mas não podia perder a consoada.
Foi uma noite muito agradável. Ninguém falou dessas coisas que andam por aí (o andaço...).
A filha disse-lhe que iam passar o ano a casa da Maria Eduarda - uma casa grande, óptima, com jardim, piscina aquecida e sauna.
- Lembra-se da Maria Eduarda, mãe?
Não fazia ideia de quem fosse, mas, para não complicar, disse que sim.
*
Já há alguns dias, chegou a notícia que estão internados a senhora viúva, o genro e a mãe deste.
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Da festa de Ano Novo nada consta. Era muita gente...
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Chegou agora a notícia que a senhora viúva faleceu.
Levantou os olhos e viu, na TV, o Capitólio a ser invadido e... daquele modo.
Imediatamente pensou: - Revolução em Havana!
NÃO! Não foi, propriamente, uma revolução e, afinal, era Washington, nos E.U.A..
"AQUILO" NOS E.U.A. !?
Em vez de assistirmos a uma geopolítica da vacina, devíamos aplicar uma vacina à geopolítica.