"A poesia não é mais que um jogo de palavras" - dizem alguns.
Simples jogo de palavras? Sempre?
Será jogo de palavras, mas, também, é via de expressão de sentimentos, pensamentos, imaginação, ilusões. É, também, fingimento, jogo de faz-de-conta.
Mas, sendo dor mesmo sentida ou, até, fingindo sê-lo, essa dor, colocada no papel, passa a doer menos a quem a transmite. Quando lida por outrem em público e na presença do escrevente, provoca neste (quando sentida) a sensação de ficar nu em espaço público, despido da carapaça que o defende das intrusões no seu passado bem presente, apesar de ser, por vezes, já distante.
Assim, é aconselhável o uso de uma outra carapaça chamada PSEUDÓNIMO ou de um ortónimo que torne a intrusão mais translúcida.
(ADVERTÊNCIA: Nem esta "defesa" nem a "explicação" são aplicáveis nos casos de utilização do pseudónimo como acto de puro... "charme").
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