Os computadores e outros "seres" afins lançaram sobre a AGENDA (de bolso e de secretária) quase uma sentença de morte.
Embora alguns não se submetessem à sua tirania, a Agenda (livro) comandava, de forma única, a vida dos homens, marcando-lhes o compasso, martelando-lhes as cabeças, hora a hora, dia a dia, semana a semana, mês a mês. Era o livro dos livros. Era a ditadora que impunha o ritmo, o andamento de cada vida.
Ao comprá-la julgava-se passar a ser seu proprietário, mas, pelo contrário, o acto de a comprar, implicava uma submissão às notas que o próprio (ou outrem, a seu mandado) nela escreveria.
Por outro lado, era, também, desculpa para evitar impertinentes e inoportunos: "- Não sei. Tenho que ver a Agenda." Esta desculpa agora não funciona, porque a "agenda" está sempre à mão, disponível para consulta. (E é bem feito!)
Nestes tempos a "agenda" quase nunca é livro - passou a existir em "ambiente" de telefones móveis e afins, computadores, etc., mas esse "espaço" roubou o nome à Agenda tradicional, o que não se compreende. Ou é ou não é.
Mas a Agenda não morreu. Sobreviveu às "novas tecnologias", ela que nem sequer é uma "velha tecnologia"...só um conjunto de folhas encadernadas de forma mais ou menos sofisticada.
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