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14 de setembro de 2010

LE (PETIT ?) DÉJEUNER SUR L'HERBE

À noite, depois do jantar, o homem saiu de casa levando pela trela o pretexto para passear um pouco na rua. Era o Joli.
O cão cheirou nos troncos das árvores as urinas dos cães que o precederam. Deu três quartos de volta sobre a direita à volta de um tronco, depois outros três quartos de volta sobre o lado esquerdo. Encostou a ilharga ao mesmo, alçou a pata posterior direita e despejou três ou quatro esguichos. O dono olhou, satisfeito - em casa já não fará durante essa noite.
Andou, desandou, cirandou, cheirou arbustos  passou para a rua, voltou ao jardim, sacudiu as patas traseiras na relva.
Mais adiante cheirou outro tronco de árvore, hesitou quanto a abordá-lo sobre a esquerda ou pela direita, decidiu-se pela direita, alçou a pata. mas não conseguiu mais que esguicho e meio.
Voltou à ciranda, obrigando o dono a mudar a trela de mão e a tornear árvores. Chegou-se outro cão. Cumprimentaram-se cheirando, simultâneamente, a zona de entre-patas traseiras. Os donos disseram "Boa
noite" e seguiu cada um o azimute traçado pelo respectivo cão.
O passeio continuava, avançando, recuando, para a rua, voltando à relva e, novamente, para a rua. O canídeo acelerou o andamento a caminho da relva, esparramou-se sobre as patas traseiras e saiu-lhe do cu uma barra de "chocolate" redonda. Avançou um pouco, na mesma postura e sairam mais duas ou três e, a seguir, mais uma. O dono olhava, embevecido e pensou: - Mais um pouquinho e voltamos para casa.
E, assim foi.
As barras  de "chocolate" ficaram, mais ou menos alinhadas, na relva.

As crianças, na manhã seguinte, irão tropeçar nelas, pisá-las, cair sobre elas, fazendo-as confundir-se com com o jardim, que alimentarão.       

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