Na rua, no chão,
à porta da casa onde foi senhor
está um pinheiro de Natal, anão.
Restam-lhe uns flocos de algodão
(hipocrisia de neve)
e muita dor.
Foram-se as luzes, os brinquedos,
os fios prateados e dourados.
Conheceu intimidade, enredos
de fingimento, adulação, calor.
Ninguém o vai repor em casa
nem recolocar no seu pinhal,
porque... já passou o Natal.
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