No espaço citadino abunda solidão
o bicho do cio rói o sexo dos humanos
no espaço do sábado previsível.
Dói esta chuva que cai.
As luzes rompem os pingos da chuva
há metafísicas pelo espaço
a noite arranha ao dobrar de cada esquina.
Dói esta noite que cai.
A noite cai na chuva que ilumina
a sombra dos cabelos o quente do regaço
a água não é água, é sumo de uva
no calor da intimidade apetecida.
A chuva já não dói
e a noite vai.
Sem comentários:
Enviar um comentário