Não se entende porque razão os portugueses não correspondem aos apelos de padres e afins e de governantes e arredores para que haja:
- aumento da natalidade e
- aumento da poupança.
É perfeitamente incompreensível! (Só para eles...)
Talvez se consiga com umas BRUXARIAS (aproveitando o dia de hoje).
Histórias curtas, pequenos comentários, pequenos poemas - meios de libertar "pressão", que passa a ser... "EX-PRESSÃO".
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31 de outubro de 2011
28 de outubro de 2011
DEFICIENTES CAPILARES
ASSEMBLEIA DA RES-PRIVADA
Em-vez-de-lei nº.0001/2011
de 28 de Outubro
A Assembleia de Res-Privada decreta, nos termos das suas competências, para valer como Em-vez-de-lei, o seguinte:
Verificando-se estarem a ser invocados diversos regimes de excepção no sentido de se furtarem à aplicação de medidas constantes no Orçamento Para-familiar de 2012, entendeu esta Assembleia ser de elementar justiça legislar no sentido de ser reconhecido, também, um regime de excepção a alguns cidadãos portadores de capillaris deminutio.
Artigo 1º.
1 – Aos funcionários públicos que sejam destituídos de, pelo menos, metade da sua estrutura capilar superior (ou seja, na cabeça), não serão retidos os subsídios de férias e de Natal.
2 – A prova da perda capilar, para os efeitos desta Em-vez-de-lei, será efectuada por comparação entre as fotografias constantes dos processos de admissão e as fotografias que os requerentes deverão apresentar juntamente com os seus requerimentos.
Artigo 2º.
O regime previsto no Artigo 1º. é aplicável aos reformados e pensionistas, com as necessárias adaptações.
Artigo 3º.
1 - Os recursos das decisões que venham a negar aos requerentes a não retenção prevista no Artigo 1º. serão apreciados por um representante desta Assembleia da Res-privada e por um barbeiro ou cabeleireiro designado pelo recorrente.
2 – Da decisão que venha a ser tomada nos termos do número anterior não haverá recurso.
Aprovada em 28 de Outubro de 2011.
Publique-se.
Em-vez-de-lei nº.0001/2011
de 28 de Outubro
A Assembleia de Res-Privada decreta, nos termos das suas competências, para valer como Em-vez-de-lei, o seguinte:
Verificando-se estarem a ser invocados diversos regimes de excepção no sentido de se furtarem à aplicação de medidas constantes no Orçamento Para-familiar de 2012, entendeu esta Assembleia ser de elementar justiça legislar no sentido de ser reconhecido, também, um regime de excepção a alguns cidadãos portadores de capillaris deminutio.
Artigo 1º.
1 – Aos funcionários públicos que sejam destituídos de, pelo menos, metade da sua estrutura capilar superior (ou seja, na cabeça), não serão retidos os subsídios de férias e de Natal.
2 – A prova da perda capilar, para os efeitos desta Em-vez-de-lei, será efectuada por comparação entre as fotografias constantes dos processos de admissão e as fotografias que os requerentes deverão apresentar juntamente com os seus requerimentos.
Artigo 2º.
O regime previsto no Artigo 1º. é aplicável aos reformados e pensionistas, com as necessárias adaptações.
Artigo 3º.
1 - Os recursos das decisões que venham a negar aos requerentes a não retenção prevista no Artigo 1º. serão apreciados por um representante desta Assembleia da Res-privada e por um barbeiro ou cabeleireiro designado pelo recorrente.
2 – Da decisão que venha a ser tomada nos termos do número anterior não haverá recurso.
Aprovada em 28 de Outubro de 2011.
Publique-se.
27 de outubro de 2011
FALARAM SOBRE OS FERIADOS...
... e da intenção de as "pontes" serem eliminadas.
ASSIM, em 2012, teremos que comemorar o "Dia 25 de Abril" (3ª. Feira) no dia 24 de Abril...com todos os equívocos (intencionais ou não) que daí possam advir.
MAS...
façam-nos o favor de deixar bem claro que, apesar de haver quem aprecie "hamburguers" e "hot-dogs", tanto o:
- "Saint Valentines' Day" (chamado "dia dos namorados") como o
- "Halloween" (chamado "dia das bruxas"),
NADA têm a ver connosco!!!
É que, pelo "andar da carruagem", em futuro próximo estaremos a comemorar também:
- o "Thanksgiving Day" e
- o "Independence Day".
ASSIM, em 2012, teremos que comemorar o "Dia 25 de Abril" (3ª. Feira) no dia 24 de Abril...com todos os equívocos (intencionais ou não) que daí possam advir.
MAS...
façam-nos o favor de deixar bem claro que, apesar de haver quem aprecie "hamburguers" e "hot-dogs", tanto o:
- "Saint Valentines' Day" (chamado "dia dos namorados") como o
- "Halloween" (chamado "dia das bruxas"),
NADA têm a ver connosco!!!
É que, pelo "andar da carruagem", em futuro próximo estaremos a comemorar também:
- o "Thanksgiving Day" e
- o "Independence Day".
26 de outubro de 2011
VINHOS
WINE talking and drinking is not only a way of appreciating, degusting and socializing. It is STYLE. (... and FINE business to the sellers).
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(Assim, dito em inglês, tem outro "charme").
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(Assim, dito em inglês, tem outro "charme").
25 de outubro de 2011
… CÍDIO
O empregado colocou na mesa a travessa fumegante com ovas cozidas em faustosa abundância, batatas, feijão verde e ovo.
O homem interrompeu o diálogo com a senhora ao seu lado direito, puxou a cadeira para mais próximo da mesa, colocou a ponta do guardanapo entalada entre o colarinho da camisa e o pescoço, agarrou nos talheres, olhou em redor e vociferou para cima da mesa, procurando ser ouvido por todos os presentes na sala:
- Ora vamos lá a acompanhar o camarada Adolfo, praticando mais este genocídio…
Ouviram-se gargalhadas em redor.
O homem em contraponto agarrou o copo cheio de vinho tinto para o atirar ao nariz do declarante, mas, em vez disso, partiu o copo entre os dedos e a palma da mão, sujando a toalha e fazendo saltar um ah! às senhoras sentadas na mesa.
O declarante de genocídio olhou-o, inquiridor, tentando perfurar-lhe as profundezas do cérebro. O outro olhava-o, também fixamente, enquanto sangue e vinho se misturavam na tolha da mesa. Levantou-se com um guardanapo enrolado à volta da mão. Caminhou para a saída e, já no hall, ficou oscilando entre tomar o caminho da casa de banho ou da porta da rua. Alguma coisa o fez voltar-se e viu atrás de si o devorador de ovas, parado, olhando-o com ar ameaçador. Voltou-lhe as costas. Ficou parado, cabeça erguida, fez o corpo rígido e soltou um sonoro traque. (Imediatamente pensou: - Foi personalizado, mas não foi o melhor argumento).
Encaminhou-se para a porta da rua e saiu.
O homem interrompeu o diálogo com a senhora ao seu lado direito, puxou a cadeira para mais próximo da mesa, colocou a ponta do guardanapo entalada entre o colarinho da camisa e o pescoço, agarrou nos talheres, olhou em redor e vociferou para cima da mesa, procurando ser ouvido por todos os presentes na sala:
- Ora vamos lá a acompanhar o camarada Adolfo, praticando mais este genocídio…
Ouviram-se gargalhadas em redor.
O homem em contraponto agarrou o copo cheio de vinho tinto para o atirar ao nariz do declarante, mas, em vez disso, partiu o copo entre os dedos e a palma da mão, sujando a toalha e fazendo saltar um ah! às senhoras sentadas na mesa.
O declarante de genocídio olhou-o, inquiridor, tentando perfurar-lhe as profundezas do cérebro. O outro olhava-o, também fixamente, enquanto sangue e vinho se misturavam na tolha da mesa. Levantou-se com um guardanapo enrolado à volta da mão. Caminhou para a saída e, já no hall, ficou oscilando entre tomar o caminho da casa de banho ou da porta da rua. Alguma coisa o fez voltar-se e viu atrás de si o devorador de ovas, parado, olhando-o com ar ameaçador. Voltou-lhe as costas. Ficou parado, cabeça erguida, fez o corpo rígido e soltou um sonoro traque. (Imediatamente pensou: - Foi personalizado, mas não foi o melhor argumento).
Encaminhou-se para a porta da rua e saiu.
23 de outubro de 2011
DEIXEM O MERCADO FUNCIONAR
Será que tem consciência de quantas chaves, combinações, segredos, códigos, etc…, usa no seu dia-a-dia e dos quais vive totalmente dependente?
Por que necessita de todas essas chaves e defesas? Porque tem medo. Sim, medo, cautela, receio, terror até. Que outras pessoas ou organizações possam invadir os seus bens, o seu espaço. E, então, bloqueia os acessos. Podem ser valores vários que quer proteger, incluido conhecimentos que não quer ver expostos ou ao alcance de outros. Principalmente matéria de carácter comercial ou industrial.
O seu concorrente, próximo o afastado, usa, também, códigos segredos, chaves, combinações, talvez mais eficazes que aqueles que você tem. Pelas mesmas razões – para se defender dos concorrentes. Você incluído. E o outro, o outro, o outro do outro e os outros dos outros também.
Claro que há quem queira entrar nos espaços e conhecimentos que você vem protegendo para, pura e simplesmente, se divertirem com as suas tentativas de defesa, provocando ou não danos. Para estes, como é óbvio, também lhe são necessárias essas mesmas defesas.
Há, também, aqueles cuja actividade é, como especialistas nessa arte de impedir, afastar, defender, bloquear, ocultar, barrar, criarem novas chaves para que você e outros as comprem, continuando, assim, a melhorar os meios de impedir o acesso a outros. Mas que, lhe permitam, também, quebrar as chaves e segredos de outros que consigo concorrem…
Esses especialistas também concorrem entre si procurando meios para destruírem as estruturas de defesa criadas pelos seus próprios concorrentes, com o objectivo de destruírem organizações que podem ter levado muitos, muitos anos a montar.
MAS,
Não falando de chaves e segredos, alguns intervenientes nos mercados procuram usar uma “criatividade” contínua e uma “agressividade” constante, sem princípios, lutando por quotas de vendas que sonham vir a atingir os cem por cento, empurrando todos os seus concorrentes para fora do seu campo de actividade comum – para fora do seu mercado. Tudo em nome da livre concorrência.
Qualquer intervenção do Estado, com boas intenções, no sentido de corrigir excessos ou, até, de perseguir matéria criminal, não é (na opinião deles) boa… para o (deus) Mercado.
Por que necessita de todas essas chaves e defesas? Porque tem medo. Sim, medo, cautela, receio, terror até. Que outras pessoas ou organizações possam invadir os seus bens, o seu espaço. E, então, bloqueia os acessos. Podem ser valores vários que quer proteger, incluido conhecimentos que não quer ver expostos ou ao alcance de outros. Principalmente matéria de carácter comercial ou industrial.
O seu concorrente, próximo o afastado, usa, também, códigos segredos, chaves, combinações, talvez mais eficazes que aqueles que você tem. Pelas mesmas razões – para se defender dos concorrentes. Você incluído. E o outro, o outro, o outro do outro e os outros dos outros também.
Claro que há quem queira entrar nos espaços e conhecimentos que você vem protegendo para, pura e simplesmente, se divertirem com as suas tentativas de defesa, provocando ou não danos. Para estes, como é óbvio, também lhe são necessárias essas mesmas defesas.
Há, também, aqueles cuja actividade é, como especialistas nessa arte de impedir, afastar, defender, bloquear, ocultar, barrar, criarem novas chaves para que você e outros as comprem, continuando, assim, a melhorar os meios de impedir o acesso a outros. Mas que, lhe permitam, também, quebrar as chaves e segredos de outros que consigo concorrem…
Esses especialistas também concorrem entre si procurando meios para destruírem as estruturas de defesa criadas pelos seus próprios concorrentes, com o objectivo de destruírem organizações que podem ter levado muitos, muitos anos a montar.
MAS,
Não falando de chaves e segredos, alguns intervenientes nos mercados procuram usar uma “criatividade” contínua e uma “agressividade” constante, sem princípios, lutando por quotas de vendas que sonham vir a atingir os cem por cento, empurrando todos os seus concorrentes para fora do seu campo de actividade comum – para fora do seu mercado. Tudo em nome da livre concorrência.
Qualquer intervenção do Estado, com boas intenções, no sentido de corrigir excessos ou, até, de perseguir matéria criminal, não é (na opinião deles) boa… para o (deus) Mercado.
22 de outubro de 2011
VINGANÇA
I
Porque vieste
apetece-me ser cínico
queimar borboletas
queimar flores
apagar estrelas
tapar o sol
dizer que o amor é uma questão
de mais ou menos fricção.
II
Falas de auto-suficiência
e aí sinto a angústia de o homem não ser deus;
falas, falas e tens a aparência
do cansaço de um riacho correndo com indolência.
Falas a voz da auto-suficiência
hora a hora vivida
com raiva? medo? calma?
Falas como uma deusa discorrendo
sobre o custo de vida ou a imortalidade da alma.
Porque vieste
apetece-me ser cínico
queimar borboletas
queimar flores
apagar estrelas
tapar o sol
dizer que o amor é uma questão
de mais ou menos fricção.
II
Falas de auto-suficiência
e aí sinto a angústia de o homem não ser deus;
falas, falas e tens a aparência
do cansaço de um riacho correndo com indolência.
Falas a voz da auto-suficiência
hora a hora vivida
com raiva? medo? calma?
Falas como uma deusa discorrendo
sobre o custo de vida ou a imortalidade da alma.
19 de outubro de 2011
O HOMEM QUE TEM UMA LISTA EM EXCEL
O homem tinha elaborado, com a colaboração de alguns amigos, uma lista de clientes, simpatizantes, indiferentes, concorrentes, amigos, inimigos, conhecidos e desconhecidos. Assim foram coligindo nomes, telefones, moradas. Então o homem acrescentou-lhes profissões, ligações familiares e políticas, gostos, desgostos, preferências, fobias e tudo aquilo que lhe pareceu poderia ser útil para investigação profunda de cada uma das pessoas.
Quando adquiriu alguns conhecimentos informáticos entendeu que seria útil, prático, aconselhável colocar toda essa informação em EXCEL.
A partir daí toda a informação que recolhia passou a ser dele, só dele e de mais ninguém.
Agora só ele a pode usar, alterar, reduzir, aumentar. Defende-a de todos e contra todas as tentativas de intromissão e usa todos antivírus conhecidos ou imaginados, incluindo os que estão, ainda, em experiência.
MAS…
Ninguém adivinha, imagina ou sonha que o homem planeia manipular, controlar, dominar o mundo (!) usando a sua própria e exclusiva base de dados EXCEL.
Quando adquiriu alguns conhecimentos informáticos entendeu que seria útil, prático, aconselhável colocar toda essa informação em EXCEL.
A partir daí toda a informação que recolhia passou a ser dele, só dele e de mais ninguém.
Agora só ele a pode usar, alterar, reduzir, aumentar. Defende-a de todos e contra todas as tentativas de intromissão e usa todos antivírus conhecidos ou imaginados, incluindo os que estão, ainda, em experiência.
MAS…
Ninguém adivinha, imagina ou sonha que o homem planeia manipular, controlar, dominar o mundo (!) usando a sua própria e exclusiva base de dados EXCEL.
18 de outubro de 2011
A RUGA
Há uma ruga no canto direito da boca dela. Colocou-se a cerca de um centímetro da comissura dos lábios, exactamente onde começa a nascer a bochecha.
A ruga permanece o mais do tempo disfarçada numa leve sombra de sulco da pele, como que em alerta permanente, à espreita do momento, dos momentos adequados para aparecer e... atacar os mais próximos. É uma linguagem muda, expectante, espera ansiosa, susto contido e (talvez) despeito.
Aparecia, por vezes, quando se abordavam temas como segurança no trabalho, família e... futuro.
Recentemente, nestes tempos que estamos a viver, sempre que a vejo, a ruga está sempre presente. Ao que parece, instalou-se definitivamente.
Será que se vai atenuar a partir do ano de 2014?
A ruga permanece o mais do tempo disfarçada numa leve sombra de sulco da pele, como que em alerta permanente, à espreita do momento, dos momentos adequados para aparecer e... atacar os mais próximos. É uma linguagem muda, expectante, espera ansiosa, susto contido e (talvez) despeito.
Aparecia, por vezes, quando se abordavam temas como segurança no trabalho, família e... futuro.
Recentemente, nestes tempos que estamos a viver, sempre que a vejo, a ruga está sempre presente. Ao que parece, instalou-se definitivamente.
Será que se vai atenuar a partir do ano de 2014?
17 de outubro de 2011
A ENTREVISTA
Da entrevista de hoje, concedida por S. Exª. o Ministro das Finanças à RTP1 (ou, mais propriamente, ao entrevistador At.,Vener. e Obrigado), resultou que:
1 - Aprendemos com o Sr. Ministro que se deve começar por responder às perguntas formuladas fazendo juizos de valor sobre as mesmas, enaltecendo, nomeadamente, a pertinência e a importância das mesmas;
2 - Quando não nos convem responder à pergunta formulada, começar a resposta por: "O que me quiz perguntar foi que..." e passar a uma matéria menos incómoda (porque sabemos, desde o início, que o entrevistador não irá repeti-la);
3 - Convem usar uma postura e linguagem jesuítica;
4 - Ficámos a saber que estamos a trabalhar "para troika ver", tal como, em oitocentos, era "para inglês ver";
5 - Trabalhando, como S. Exª. o Ministro explicou, entraremos num "ciclo virtuoso" (inicialmente pareceu dizer "ciclo vicioso").
NO ENTANTO,
Houve uma nota positiva (ou quase) - foi a presença em estúdio da "mosca" representante dos contribuintes.
Mas a frustração foi grande - depois de tantas, tantas investidas, a "mosca" nossa representante não conseguiu picar o pescoço de S. Ex.ª.
Talvez que as luzes e as câmaras (a que não estava habituada) a tivessem perturbado. Mas que tentou...tentou!
1 - Aprendemos com o Sr. Ministro que se deve começar por responder às perguntas formuladas fazendo juizos de valor sobre as mesmas, enaltecendo, nomeadamente, a pertinência e a importância das mesmas;
2 - Quando não nos convem responder à pergunta formulada, começar a resposta por: "O que me quiz perguntar foi que..." e passar a uma matéria menos incómoda (porque sabemos, desde o início, que o entrevistador não irá repeti-la);
3 - Convem usar uma postura e linguagem jesuítica;
4 - Ficámos a saber que estamos a trabalhar "para troika ver", tal como, em oitocentos, era "para inglês ver";
5 - Trabalhando, como S. Exª. o Ministro explicou, entraremos num "ciclo virtuoso" (inicialmente pareceu dizer "ciclo vicioso").
NO ENTANTO,
Houve uma nota positiva (ou quase) - foi a presença em estúdio da "mosca" representante dos contribuintes.
Mas a frustração foi grande - depois de tantas, tantas investidas, a "mosca" nossa representante não conseguiu picar o pescoço de S. Ex.ª.
Talvez que as luzes e as câmaras (a que não estava habituada) a tivessem perturbado. Mas que tentou...tentou!
16 de outubro de 2011
AVISO
Está a ligar para um assinante que já não pertence à Esperança.
Passou a ser assinante da Incerteza.
Passou a ser assinante da Incerteza.
14 de outubro de 2011
OS "CAIXOTES DOS RETORNADOS" (1975)
Todos os que residiam ou passaram por Lisboa e observaram a zona ribeirinha durante o final de 1975 e em 1976, viram os "chamados "caixotes dos retornados" de Angola, colocados nas margens do rio Tejo, em terrenos do Porto de Lisboa. Foram diminuido de número ao longo do tempo, mas muitos por ali permaneceram, adivinhando-se a sua deterioração.
O DRAMA que esteve na origem da construção desses caixotes era tenuamente apercebido pelo cidadão comum que os observava de longe.
Ora, o texto abaixo transcrito do livro "S.O.S. ANGOLA" (págs. 156 e 157) de Rita Garcia, editado pela Oficina do Livro (Setembro de 2011), dá-nos, agora, o "filme" da construção desses caixotes e do desespero de quem se via obrigado a partir. (Convirá lembrar, no entanto, que a grande maioria dos chamados "retornados" viajaram/fugiram para Lisboa sem terem tempo para empacotar sequer os bens valiosos ou os que lhes eram afectivamente mais caros).
As partes do texto abaixo transcrito que se encontram entre aspas são, pela autora, identificados com transcrições do "Jornal de Angola".
-----
«No Verão de 1975, os habitantes de Luanda andavam numa azáfama a construir caiotes de contraplacado. Os "carpinteiros de última hora" a que se referia o "Jornal de Angola" trocavam dicas uns com os outros e aprendiam como fazer contentores de madeira suficientemente robustos para atravessarem o Atlântico. Os mais habilidosos pegavam em serrotes, martelos e pregos - cujo preço subira em consequência do aumento da procura -, e punham eles mesmos mãos à obra. Montavam caixotes que mais pareciam casas e arrumavam lá tudo, "da geleira ao fogão, passando pelo mais simples tareco". Os outros ficavam à mercê do ""Zé Oportunista" (...) que explorava o vizinho, o amigo deste e daquele", cobrando o que queria pelo serviço. Nos quintais ou em plena rua, o barulho dos martelos estendia-se até altas horas da madrugada e só cessava quando o trabalho estava pronto.
No meio da cidade de betão, Ryszard Kapusciuski viu surgir uma outra cidade, de madeira, que espelhava, tão bem como as casas, as diferenças de estatuto social dos proprietários. As famílias mais endinheiradas tinham contentores maiores e de melhor qualidade, com tamanho suficiente para arrumar o conteúdo de salas, quartos e cozinhas, incluindo sofás, roupeiros, mesas, frigoríficos, cómodas, fotografias de casamentos e das principais etapas da vida dos filhos, cadeiras de braços, tapeçarias, vasos e até flores artificiais. Os mais pobres aproveitavam os materiais que apanhavam para fazer os seus caixotes e punham lá dentro o que coubesse.
Havia quem construísse os contentores durante o dia, mas todos esperavam pela noite para os encher. Como o mais provável era que os caixotes ali ficassem algum tempo depois de os donos deixarem Angola, o melhor era que ninguém visse o que lá estava dentro para evitar que fosse alvo de assalto.
À medida que os colonos foram partindo para Lisboa, as ruas perderam vida e restou apenas o silêncio e o cheiro da cidade de madeira.
Durante muito tempo foi assim, até que os camiões começaram a levar tudo para o porto, quarteirão a quarteirão, e Luanda ficou livre da última ocupação portuguesa.»
O DRAMA que esteve na origem da construção desses caixotes era tenuamente apercebido pelo cidadão comum que os observava de longe.
Ora, o texto abaixo transcrito do livro "S.O.S. ANGOLA" (págs. 156 e 157) de Rita Garcia, editado pela Oficina do Livro (Setembro de 2011), dá-nos, agora, o "filme" da construção desses caixotes e do desespero de quem se via obrigado a partir. (Convirá lembrar, no entanto, que a grande maioria dos chamados "retornados" viajaram/fugiram para Lisboa sem terem tempo para empacotar sequer os bens valiosos ou os que lhes eram afectivamente mais caros).
As partes do texto abaixo transcrito que se encontram entre aspas são, pela autora, identificados com transcrições do "Jornal de Angola".
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«No Verão de 1975, os habitantes de Luanda andavam numa azáfama a construir caiotes de contraplacado. Os "carpinteiros de última hora" a que se referia o "Jornal de Angola" trocavam dicas uns com os outros e aprendiam como fazer contentores de madeira suficientemente robustos para atravessarem o Atlântico. Os mais habilidosos pegavam em serrotes, martelos e pregos - cujo preço subira em consequência do aumento da procura -, e punham eles mesmos mãos à obra. Montavam caixotes que mais pareciam casas e arrumavam lá tudo, "da geleira ao fogão, passando pelo mais simples tareco". Os outros ficavam à mercê do ""Zé Oportunista" (...) que explorava o vizinho, o amigo deste e daquele", cobrando o que queria pelo serviço. Nos quintais ou em plena rua, o barulho dos martelos estendia-se até altas horas da madrugada e só cessava quando o trabalho estava pronto.
No meio da cidade de betão, Ryszard Kapusciuski viu surgir uma outra cidade, de madeira, que espelhava, tão bem como as casas, as diferenças de estatuto social dos proprietários. As famílias mais endinheiradas tinham contentores maiores e de melhor qualidade, com tamanho suficiente para arrumar o conteúdo de salas, quartos e cozinhas, incluindo sofás, roupeiros, mesas, frigoríficos, cómodas, fotografias de casamentos e das principais etapas da vida dos filhos, cadeiras de braços, tapeçarias, vasos e até flores artificiais. Os mais pobres aproveitavam os materiais que apanhavam para fazer os seus caixotes e punham lá dentro o que coubesse.
Havia quem construísse os contentores durante o dia, mas todos esperavam pela noite para os encher. Como o mais provável era que os caixotes ali ficassem algum tempo depois de os donos deixarem Angola, o melhor era que ninguém visse o que lá estava dentro para evitar que fosse alvo de assalto.
À medida que os colonos foram partindo para Lisboa, as ruas perderam vida e restou apenas o silêncio e o cheiro da cidade de madeira.
Durante muito tempo foi assim, até que os camiões começaram a levar tudo para o porto, quarteirão a quarteirão, e Luanda ficou livre da última ocupação portuguesa.»
13 de outubro de 2011
12 de outubro de 2011
HIPERSENSIBILIDADE
Vivo angustiado vendo a economia a decompor-se, calculando o agravamento dos impostos já anunciados e imaginando outros, novos, que ainda poderão surgir.
O défice, a dívida externa tiram-me o sono.
No entanto, dizem que as exportações crescem. Não as vejo, mas valha-nos isso.
Saio à rua para apanhar ar, respirar. Por enquanto não está sujeito a imposto.
Uma vizinha, que entende que tenho cara de confessor ou de muro de lamentações, corta-me o passo:
- Bom dia. Então não quer saber que, agora, o meu marido diz que não consegue dormir por causa do barulho dos cabelos a crescerem-lhe. Diz que os que o incomodam mais são os que tem por cima das orelhas.
Fujo-lhe. Mas, repentinamente, paro e penso: - Quantos mais Outonos haverá?
O défice, a dívida externa tiram-me o sono.
No entanto, dizem que as exportações crescem. Não as vejo, mas valha-nos isso.
Saio à rua para apanhar ar, respirar. Por enquanto não está sujeito a imposto.
Uma vizinha, que entende que tenho cara de confessor ou de muro de lamentações, corta-me o passo:
- Bom dia. Então não quer saber que, agora, o meu marido diz que não consegue dormir por causa do barulho dos cabelos a crescerem-lhe. Diz que os que o incomodam mais são os que tem por cima das orelhas.
Fujo-lhe. Mas, repentinamente, paro e penso: - Quantos mais Outonos haverá?
9 de outubro de 2011
DESEMPREGADO
- Um homem sente-se encurralado entre o tempo a mais, sem fazer nada e a falta de dinheiro. Parece que os dias nunca mais acabam. E as noites ainda são piores.
Um homem pensa, pensa de mais e o tempo é muito. Nunca tinha pensado tanto e com tanto tempo para pensar. E pensa-se coisas que... passam assim pela cabeça de um homem...
As portas não são portas que se abrem. Só se sabem fechar. Pensa um homem nas portas a que ainda possa ir bater e na vergonha de ver as portas que se fecham.
E há tanto tempo para se viver, se... se viver...
Antigamente, trabalhando, sonhava com Domingos de sol e de futebol. Agora, o pior são os Domingos de sol. Só se sai, a maior parte das vezes, à noite ou em dias de chuva. Falta a vontade de fazer a barba e de lavar a cara.
As mãos a mexer, a mexer e a remexer os dedos. As mãos a fazer nada.
O que mais custa é um homem ficar a olhar para as mãos. Assim...
Um homem pensa, pensa de mais e o tempo é muito. Nunca tinha pensado tanto e com tanto tempo para pensar. E pensa-se coisas que... passam assim pela cabeça de um homem...
As portas não são portas que se abrem. Só se sabem fechar. Pensa um homem nas portas a que ainda possa ir bater e na vergonha de ver as portas que se fecham.
E há tanto tempo para se viver, se... se viver...
Antigamente, trabalhando, sonhava com Domingos de sol e de futebol. Agora, o pior são os Domingos de sol. Só se sai, a maior parte das vezes, à noite ou em dias de chuva. Falta a vontade de fazer a barba e de lavar a cara.
As mãos a mexer, a mexer e a remexer os dedos. As mãos a fazer nada.
O que mais custa é um homem ficar a olhar para as mãos. Assim...
8 de outubro de 2011
EXECUTIVOS
Não há muitos anos, os gestores eram fotografados à sua secretária (a mesa, não a senhora), com a caneta na mão, tendo a ponta (da caneta) apoiada sobre uma folha de papel, encarando, com ar sério a objectiva. Parecia haver a preocupação de transmitir a ideia de que sabiam escrever.
Afastavam-se, assim, as dúvidas em todos os espíritos, principalmente dos accionistas mais cépticos. Ou porque haveria, ainda, quem se recordasse do antigo Regimento de Disciplina Militar, que determinava que os sargentos deviam saber ler e escrever porque os senhores oficiais poderiam não saber.
Agora, passados alguns (bastantes) anos, a postura é outra. Os gestores são fotografados de pé, com os braços cruzados no peito, encarando a objectiva de lado. Há algumas variações no semblante - uns sorriem com aspecto simpático, outros riem abertamente, outros, ainda, estão de sobrolho carregado. Há, também, quem, mantendo os braços cruzados, levante o peito, com ar altaneiro, agressivo, desafiando (talvez) a concorrência.
Esta nova atitude, em pé e de braços cruzados, dá-nos uma imagem mais real do que deve ser um gestor de empresa, de empresas ou de empresas em grupo.
O ramo de actividade poderá, também, influenciar a atitude... Assim, os que riem, serão, talvez, gestores de empresas de entretenimento, organização de eventos ou actividades afins; ou estarão satisfeitíssimos com a sua realização pessoal. Os de sobrolho carregado poderão ser gestores de empresas de segurança ou de uma qualquer empresa que tenha tido maus resultados; ou, talvez, estejam tentando transmitir para os senhores accionistas uma imagem de competência e responsabilidade.
Claro que poderemos, também, imaginar que todas aquelas fisionomias têm apenas e só a ver com o tipo comportamental do fotografado ou do seu estado de espírito naquele momento; ou que serão directamente proporcionais ao grau de importância que se atribuem a si mesmos.
Certo é que ser fotografado em pé transmite uma imagem de maior dinamismo, acção, do que ser fotografado sentado e armado de uma simples caneta (mesmo que seja de ouro). A não ser que imaginemos que, cada penada no papel, é mais um acto executivo.
De notar, também, que a postura erecta e de braços cruzados, esteja sorridente ou carrancudo, tem um pormenor que lhes é comum - a manga do casaco e o punho da camisa estão suficientemente subidos para permitir que se veja o relógio de boa marca, afivelado a um dos punhos.
É claro que é necessário mediatizar as empresas e... os seus gestores executivos. É desejável que sejam publicitados para que seja notória a actividade e a existência da empresa. Publicitar só a empresa, os seus produtos ou serviços, é coisa do antigamente. Os gestores querem-se no mercado, no espaço público, na comunicação social, nas bocas-do-mundo.
Em futuro próximo veremos os gestores da nossa praça e de outras praças vizinhas e afins, desfilarem pelas nossas ruas e avenidas, em passo enérgico e firme, olhando bem ao alto e em frente, como em marcha militar, uniformizados com fatos de bom corte e gravatas de seda de cores garridas, que sejam visíveis, pelo menos, a um quilómetro de distância.
À frente seguirão os "Chief Executive Officers" (que é a denominação que, em Portugal, é dada aos administradores-delegados e afins), em mangas de camisa, com elas arregaçadas até meio do braço (como convém a homens de acção), transmitindo um aspecto dinâmico, decidido e executivo. Atrás irão os outros gestores (mais ou menos executivos), todos marchando de cabeça erguida e todos gritando bem alto, a plenos pulmões:
- Nós somos bons, nós somos bons, NÓS SOMOS MUITA BONS!!!!
Tamanha grandiosidade imaginará (sempre!) os aplausos vindos das janelas e das varandas, ao longo das ruas e avenidas, que, para eles, serão como pétalas de flores lançadas sobre esses cérebros passantes, que, indiferentes, as irão pisando, pisando, pisando...
Afastavam-se, assim, as dúvidas em todos os espíritos, principalmente dos accionistas mais cépticos. Ou porque haveria, ainda, quem se recordasse do antigo Regimento de Disciplina Militar, que determinava que os sargentos deviam saber ler e escrever porque os senhores oficiais poderiam não saber.
Agora, passados alguns (bastantes) anos, a postura é outra. Os gestores são fotografados de pé, com os braços cruzados no peito, encarando a objectiva de lado. Há algumas variações no semblante - uns sorriem com aspecto simpático, outros riem abertamente, outros, ainda, estão de sobrolho carregado. Há, também, quem, mantendo os braços cruzados, levante o peito, com ar altaneiro, agressivo, desafiando (talvez) a concorrência.
Esta nova atitude, em pé e de braços cruzados, dá-nos uma imagem mais real do que deve ser um gestor de empresa, de empresas ou de empresas em grupo.
O ramo de actividade poderá, também, influenciar a atitude... Assim, os que riem, serão, talvez, gestores de empresas de entretenimento, organização de eventos ou actividades afins; ou estarão satisfeitíssimos com a sua realização pessoal. Os de sobrolho carregado poderão ser gestores de empresas de segurança ou de uma qualquer empresa que tenha tido maus resultados; ou, talvez, estejam tentando transmitir para os senhores accionistas uma imagem de competência e responsabilidade.
Claro que poderemos, também, imaginar que todas aquelas fisionomias têm apenas e só a ver com o tipo comportamental do fotografado ou do seu estado de espírito naquele momento; ou que serão directamente proporcionais ao grau de importância que se atribuem a si mesmos.
Certo é que ser fotografado em pé transmite uma imagem de maior dinamismo, acção, do que ser fotografado sentado e armado de uma simples caneta (mesmo que seja de ouro). A não ser que imaginemos que, cada penada no papel, é mais um acto executivo.
De notar, também, que a postura erecta e de braços cruzados, esteja sorridente ou carrancudo, tem um pormenor que lhes é comum - a manga do casaco e o punho da camisa estão suficientemente subidos para permitir que se veja o relógio de boa marca, afivelado a um dos punhos.
É claro que é necessário mediatizar as empresas e... os seus gestores executivos. É desejável que sejam publicitados para que seja notória a actividade e a existência da empresa. Publicitar só a empresa, os seus produtos ou serviços, é coisa do antigamente. Os gestores querem-se no mercado, no espaço público, na comunicação social, nas bocas-do-mundo.
Em futuro próximo veremos os gestores da nossa praça e de outras praças vizinhas e afins, desfilarem pelas nossas ruas e avenidas, em passo enérgico e firme, olhando bem ao alto e em frente, como em marcha militar, uniformizados com fatos de bom corte e gravatas de seda de cores garridas, que sejam visíveis, pelo menos, a um quilómetro de distância.
À frente seguirão os "Chief Executive Officers" (que é a denominação que, em Portugal, é dada aos administradores-delegados e afins), em mangas de camisa, com elas arregaçadas até meio do braço (como convém a homens de acção), transmitindo um aspecto dinâmico, decidido e executivo. Atrás irão os outros gestores (mais ou menos executivos), todos marchando de cabeça erguida e todos gritando bem alto, a plenos pulmões:
- Nós somos bons, nós somos bons, NÓS SOMOS MUITA BONS!!!!
Tamanha grandiosidade imaginará (sempre!) os aplausos vindos das janelas e das varandas, ao longo das ruas e avenidas, que, para eles, serão como pétalas de flores lançadas sobre esses cérebros passantes, que, indiferentes, as irão pisando, pisando, pisando...
5 de outubro de 2011
E-BOOKS
De um jornal:
«O processo de introdução e divulgação em curso dos e-books em suporte digital adequado, contendo, inclusive, obras mais ou menos volumosas, faz lembrar os tempos iniciais do telemóvel. Durante muito tempo muita gente lhes resistiu. Agora toda agente tem um.»
Ora, a comparação não está correcta.
O telemóvel foi/é utilizado para transmissão de texto oral ou escrito não previamente definido, destina-se a resolver uma necessidade actual e sempre diversa, há transmissor e receptor em tempo real e, por outro lado, a origem e o destino desses textos são (quase sempre) diferentes. Nada disto acontece com os e-books.
Quanto aos e-books podem colocar-se diversas questões. Por exemplo:
- Que books serão introduzidos nos suportes digitais? Em que idiomas? Traduções ou originais?
- Os autores serão diversificados ou só aqueles que (por razões publicitárias ou outras) se prevê terão (maior) mercado?
- Que lugar haverá neles para autores iniciados e com talento (talento que poderá não estar, ainda, reconhecido)?
- Serão só destinados (exclusivamente) a obras de autores clássicos ou consagrados?
- Que oportunidades de publicação terão autores nacionais de países com uma dimensão idêntica a Portugal?
Em resumo:
A divulgação e a EXCLUSIVIDADE de literatura e-book levará à massificação, à monotonia e à morte da criatividade literária.
«O processo de introdução e divulgação em curso dos e-books em suporte digital adequado, contendo, inclusive, obras mais ou menos volumosas, faz lembrar os tempos iniciais do telemóvel. Durante muito tempo muita gente lhes resistiu. Agora toda agente tem um.»
Ora, a comparação não está correcta.
O telemóvel foi/é utilizado para transmissão de texto oral ou escrito não previamente definido, destina-se a resolver uma necessidade actual e sempre diversa, há transmissor e receptor em tempo real e, por outro lado, a origem e o destino desses textos são (quase sempre) diferentes. Nada disto acontece com os e-books.
Quanto aos e-books podem colocar-se diversas questões. Por exemplo:
- Que books serão introduzidos nos suportes digitais? Em que idiomas? Traduções ou originais?
- Os autores serão diversificados ou só aqueles que (por razões publicitárias ou outras) se prevê terão (maior) mercado?
- Que lugar haverá neles para autores iniciados e com talento (talento que poderá não estar, ainda, reconhecido)?
- Serão só destinados (exclusivamente) a obras de autores clássicos ou consagrados?
- Que oportunidades de publicação terão autores nacionais de países com uma dimensão idêntica a Portugal?
Em resumo:
A divulgação e a EXCLUSIVIDADE de literatura e-book levará à massificação, à monotonia e à morte da criatividade literária.
3 de outubro de 2011
INCOMPETÊNCIA
O multi-multi-multitrilionário e investidor Joseph Banks Corporations Banks, muribundo, olhou com desprezo o seu assistente espiritual (e consultor financeiro) e, a custo(quase-zero), disse-lhe:
- Você é um incompetente! Se me tivesse avisado que eu havia de morrer, eu teria investido tudo na via eterna.
- Você é um incompetente! Se me tivesse avisado que eu havia de morrer, eu teria investido tudo na via eterna.
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