I
Porque vieste
apetece-me ser cínico
queimar borboletas
queimar flores
apagar estrelas
tapar o sol
dizer que o amor é uma questão
de mais ou menos fricção.
II
Falas de auto-suficiência
e aí sinto a angústia de o homem não ser deus;
falas, falas e tens a aparência
do cansaço de um riacho correndo com indolência.
Falas a voz da auto-suficiência
hora a hora vivida
com raiva? medo? calma?
Falas como uma deusa discorrendo
sobre o custo de vida ou a imortalidade da alma.
Sem comentários:
Enviar um comentário